Os de 27 polegadas já eram máquinas enormes, então minha pergunta principal sobre o modelo de 32 polegadas é: quão útil pode ser uma tela tão grande?. Por outro lado, para o modelo de 24 polegadas, a dúvida é se quem está acostumado a 27″ se sentirá desconfortável em uma tela menor?
Tive pouco tempo para desenhar em ambas as unidades, mas diria que a tela de 24″ é mais do que suficiente para permitir que você desenhe sem esforço e sem se sentir apertado – mas o de 32″ é o tipo de tela que todos sonham (assumindo que tenham espaço na mesa para acomoda-lo). Você pode desenhar e pintar com longos traços e fazer detalhes minuciosos.
Com minha experiência breve, desenhar em ambos os modelos com telas melhoradas e canetas atualizadas foi fantástico. Não digo consigo detectar os 8.000+ níveis de sensibilidade a pressão, mas como não houve nenhuma curva de aprendizado me senti imediatamente confortável.
O “efeito Parallax” (a diferença entre onde você está desenhando e onde as linhas estão aparecendo), também foi significativamente reduzido; até o ponto em que não é notável. Acho que a Apple Pencil no iPad Pro talvez ofereça maior “sinergia” entre caneta e tela, em termos de capacidade de resposta e nuances, mas as Cintiq estão próximas. Dito isto, a sensação de desenhar com a Pro Pen 2 na tela Cintiq atualizada é absolutamente melhor do que com a Apple Pencil no iPad Pro.
Os controles de toque também parecem funcionar bem, pois no modelo 27QHD Touch parecia inconsistente. No iPad Pro, muitas vezes rotaciono e aproximo ao mesmo tempo, e aqui só posso fazer uma coisa por vez. Isso não é um problema, mas é válido apontar, pois é preciso notar que ele não é tão ágil quanto o dispositivo da Apple em termos de controles e gestos de toque.
Outra problema que tive com o modelo 27QHD foi que o brilho da tela parece “se afastar” para a borda quando estava posicionado no centro, então você precisava mover sua cabeça para ter uma melhor visão do que estava acontecendo nas bordas. Dito de outra forma, não seria possível trabalhar sem um monitor de referência, no meu caso da Apple.
Mas com os novos dispositivos – apesar de serem autônomos no teste, isto é, não haver tela de PC secundária -, percebi imediatamente que as exibições em ambos os modelos, em termos de brilho global, alcance e profundidade de cores foram aprimorados. E essa percepção ocorreu mesmo dentro de um espaço bem iluminado para fins de lançamento do produto, então não há dúvidas que em um estúdio com luz controlada seu uso seria imensamente melhor.
Com os dois tamanhos, o problema principal é aprender a integrá-los no seu fluxo de trabalho. A primeira coisa é a falta que faz um teclado quando se está trabalhando com um software completo como o Photoshop. Acho que quando estou focado em um trecho específico da arte, simplesmente pintando, não há nada como as Cintiq para absorção absoluta; mas no momento em que preciso fazer um ajuste simples, percebo que é bastante confuso sem um teclado dedicado.
O ExpressKey – espécie de “controle remoto programável” -, é a resposta para isso, e sinto que a melhor maneira de incorporá-lo seria desloca-lo para fora do alcance e, em seguida, ser rigoroso sobre a programação de um novo atalho cada vez você precise. Isso representa ma curva de aprendizado acentuada, mas que funciona a longo prazo. Para o modelo de 32 polegadas, o ExpressKey será uma necessidade absoluta, porém, como qualquer dispositivo, uma vez dominado, estou confiante de que a produtividade pode realmente aumentar.
Cintiq Pro Engine
Como de costume as Cintiq Pro 24 e 32 funcionam tanto no Mac como no Windows, mas há uma nova opção se preferir não ter um PC externo. Ambos modelos foram projetados para permitir que um PC completo chamado de Cintiq Pro Engine se encaixe em suas costas – esse Cintiq Pro Engine é o que estava alimentando os dois modelos que testei.
Existem dois modelos: o Pro Engine 15 e o Pro Engine Xeon. Ambos são baseados em componentes de laptop para reduzir o tamanho. Existem duas configurações: uma versão de £2.399 / $2.499 / €2.699 baseada em um chip quad-core Intel Core i5 e um modelo de £3,149 / $3.299 / €3.549 com um processador Xeon. Ambos possuem GPU Nvidia Quadro P3200 com 6 GB de RAM DDR5 – a Wacom diz que o Cintiq Pro Engine consegue lidar com um Oculus Rift ou HTC Vive VR, bem como a telas 4K.
Agora eu, com um usuário antigo de Mac, honestamente não consigo usar uma máquina Windows. Isso, contudo, é falha minha e aprecio que tais recursos possam ser usados por outras pessoas.
Cintiq Pro 24 & 32 review: Veredicto
Se você está pensando em comprar um dos novos modelos da Cintiq – seja vindo de um modelo menor ou saindo de um tablet de desenho sem tela -, esses últimos modelos representam o melhor momento para se juntar ao clube.
Se você é um artista independente saiba que ambos são um investimento alto, e terá que pensar seriamente sobre a despesa extra para o modelo de 32 polegadas, bem como se possui espaço físico para isso e uma necessidade criativa para ele.
Como tive um tempo limitado usando os novos modelos, minha experiência trabalhando com inúmeros dispositivos de desenho ao longo dos anos permite dizer com certeza que esses são excelentes.
Quanto a usar os modelos com Pro Engine – sem monitor ou PC externos -, é difícil dizer com certeza se vale a pena sem uma investigação mais aprofundada. Também será importante testar o suporte Ergo atualizado para os dispositivos (abaixo), que permitem trabalhar em diferentes ângulos e elevações. No entanto, em se tratando de fluxo de trabalho os novos Wacom Pros são sem dúvida, a melhor pedida.
Fonte: DigitalArts