A tão esperada sequência de A Fuga das Galinhas

Depois de mais de 20 anos do primeiro filme A fuga das Galinhas, o Aardman Studios lança a sequência “A fuga das Galinhas: A ameaça dos Nuggets”. O filme já está disponível na Netflix.

Todo mundo se lembra do sucesso que foi a Fuga das Galinhas nos anos 2000, sendo o primeiro longa de stop motion realizado por Aardman. O filme não apenas conquistou várias premiações, mas também cativou o coração do público. 

Mantendo esse charme característico das produções de Aardman, o filme mais recente incorpora elementos tecnológicos para aprimorar sua escala cinematográfica. Contudo,  apesar desse apelo visual, uma crítica recorrente é a ausência da narrativa presente no filme anterior. Por exemplo, o perigo enfrentado pelas galinhas duas décadas atrás não está presente nesse novo filme.

O desenrolar de A Fuga das Galinhas

Escrito por Karey Kirkpatrick, John O’Farrel e Rachel Tunnard, a trama se desenrola imediatamente após o final da Fuga das Galinhas original. Ginger, a galinha e Rock, o galo, escaparam da fazenda dos Tweedy e agora vivem com o restante de seus amigos em uma ilha idílica, dentro de uma vila rústica.

Ginger e Rocky têm uma filha, Molly, que logo se transforma em uma adolescente. Apesar de ter uma vida despreocupada, ela herdou o desejo de aventura de seu pai e a rebeldia de sua mãe. Sua frustração vai aumentando quando seus pais não a deixam sair da ilha. E pro horror de Ginger e Rocky, percebem que Molly os vê como carcereiros, assim como eles viam o Sr. e Sra. Tweedy.

Quando a massinha encontra a tecnologia

A sequência é inspirada em “Missão: Impossível” do James Bond e vários outros thrillers de espionagem e filmes de assalto. Essa mudança de gêneros permitiu uma trama mais rápida e maluca, com uma paleta de cores vibrante, cenas de ação ambiciosas e designs mais inventivos.

O truque está na habilidade dos cineastas em equilibrar as superfícies reluzentes e os dispositivos de alta tecnologia de uma aventura futurista dos anos 1960 com elementos analógicos e antiquados suficientes para garantir que esse novo filme seja inconfundivelmente uma obra de Aardman.

O ápice é alcançado quando se entrega à comédia visual e à engenhosidade extravagante. Desde carrinhos de boneca impulsionados por extintores de incêndio até guardas de segurança algemados a fogos de artifício, e um imenso silo de milho convertido em uma gigantesca máquina de pipoca.

A animação em massinha feita à mão também traz essa sensação de que tudo e todos poderiam se transformar em uma massa indefinida se as coisas não ocorressem exatamente como planejado.

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