O Auto-Foco é um post que vai ao ar toda segunda-feira e traz, a cada semana, um artista em destaque. Seja animador ou motion designer, conhecido ou desconhecido, grande ou pequeno, vivo ou extinto; se for talentoso, o Auto-Foco o fará jus.
Nascido em 19 de setembro de 1967 em Nakanikawa, Mamoru Hosoda é um animador, ilustrador e diretor japonês.
Seus primeiros trabalhos foram na Toei Animation, mas passou à Madhouse Studios entre os anos 2005 e 2011, tendo em seguida criado o próprio estúdio de nome Chizo.
Na última década, e após vários filmes premiados, Hosoda solidificou seu estilo como diretor no Japão, ganhando vulto e renome mundialmente merecidos. Ele é tido por muitos como o herdeiro de Hayao Miyazaki, e a comparação tem lá seu fundamento, apesar de controversa.
Ele e Miyazaki são especializados em animações de temas fantásticos, mas com uma pegada diferente um do outro e ambos diferentes do nicho de animes tradicionais. Hosoda chegou a ser candidato para dirigir O Castelo Animado, e somente depois Miyazaki assumiu a adaptação. Dito isto, jogar o rótulo de “próximo Miyazaki” sobre Hosoda presta desserviço a ambos.
Mamoru Hosoda é mais conhecido por filmes como Summer Wars, Toki wo Kakeru Shoujo, Ookami Kodomo no Ame to Yuki e, mais recentemente, Bakemo no Ko.
Seus filmes lidam com a inocência da infância e as dores do crescimento. Abordam temas a partir de ângulos bem diferentes do convencional.
Não podemos, contudo, deixar de falar sobre o quão fluídas são suas animações. Há uma leveza gestual para seus personagens, uma desenvoltura que poucos filmes de animação capturam em ambos os lados do Pacífico.
Quer se trate de um urso empunhando uma espada, uma garota correndo ou um deus da morte holográfico, há sempre um peso incrível para tudo. Seus personagens não são bonecos de animações convencionais, nem figuras de ação e sim seres viventes, respirando, sangrando e rindo.
Atualmente Mamoru Hosoda e seu estúdio atuam em conjunto com a Madhouse.
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