Boys Go to Jupiter é uma animação indie criada inteiramente no Blender, dirigida por Julian Glander e com a produção executiva de Peizin Yang Lazo. Como projeto independente, Glander foi responsável por todo o financiamento do projeto. O trabalho também contou com colaborações, incluindo o animador de personagens Nate Dibert e o ilustrador e animador Jordan Speer.

Glander já comandou projetos para o Adult Swim, Cartoon Network, HBO Max e Disney, criou o videogame cult ART SQOOL, além disso contribuiu com ilustrações em CG para o The New York Times e The New Yorker.

Sinopse

No subúrbio da Flórida, Billy 5000 (Jack Corbett), um adolescente entediado e sem grana, tenta desesperadamente juntar US$ 5.000 antes da virada do ano fazendo entregas pelo aplicativo Grubster.

Enquanto passa os dias de preguiça, rolês com os amigos, pequenos furtos e sessões de beatbox, ele cruza com figuras esquisitas pela cidade.

Até que uma entrega numa estranha fábrica de sucos muda tudo. Lá, Billy reencontra Rozebud (Miya Folick), sua antiga paixão, e descobre em sua mochila um passageiro inesperado: Donut, uma criatura bizarra de outro mundo.

Agora, com a teimosa Dra. Dolphin (Janeane Garofalo), chefona da empresa, grudada no Billy querendo recuperar o Donut, ele vai ter que decidir o que vale mais: grana, amor ou amizade.

Com um visual 3D super colorido e vibrante, Boys Go to Jupiter é uma comédia musical doida e cheia de humor estranho, com números lo-fi e um sarcasmo sobre o capitalismo de hoje.

A Produção de Boys Go to Jupiter

A animação foi criada em apenas 90 dias, usando o Blender, marcando a estreia de Glander em longas-metragens. Por ser seu primeiro projeto grande, ele teve que ajustar seu processo de trabalho para lidar com a magnitude do filme.

Diferentemente de trabalhos menores, esse precisava de muita organização e gestão de tempo.

Numa entrevista pro CartoonBrew, Glander comentou que nas últimas fases de revisões a lista de tarefas tinham mais de 500 anotações e ele resolvia uns 20 por dia, durante um mês.

“Talvez esse seja o segredo de um projeto grande: pegar essa visão ampla e fatiar em partes pequenas e digeríveis.”

Apesar de adotar novos hábitos durante a produção do filme, Glander conta que alguns métodos familiares de trabalho continuaram os mesmos. Ele explica que não é muito fã de storyboard e por isso já começa a trabalhar a partir do roteiro.

“Algumas cenas têm rascunhos com bonecos de palito, mas, na maior parte do tempo, eu animava a cena inteira em plano aberto e depois escolhia os closes e enquadramentos mexendo a câmera dentro do Blender. Foi quase como filmar um live-action ou uma sitcom com três câmeras. Isso realmente ajudou a manter o ritmo da produção.”

Fonte: CartoonBrew

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