Salve, salve motionautas, aproveitando que este artigo esta saindo no dia da consciência negra (20/11/24), aproveitei para apresentar o estúdio D’ART Shtajio, que o foi o primeiro a ser comandados por negros no Japão. Dessa forma, o americano Arthell Isom, é o CEO e diretor de arte da
D’Art Shtajio. Seu trabalho foi destaque em videoclipes de The Weeknd, Jay-Z, Pharrell e outros. No entanto, trabalhar e construir uma vida no Japão trouxe consigo suas próprias lições únicas.
D’ART e a representatividade
Antes de mais nada, os animes de um modo geral sempre tiveram problemas na representação do povo negro, foi a partir destas constatações que 3 grandes amigos fundaram em 2016 o D’Art Shtajio. Um estúdio de animações 2D situado em Tóquio. Desse modo, o animador Henry Thurlow, de 32 anos, juntamente com os gêmeos ilustradores Arthell Isom e Darnell Isom criaram o estúdio para adicionar voz e uma visão mais sensível do público negro dentro de animações japonesas.
Além disso, antes de fundar os estúdios D’ART Shtajio em 2016, Arthel Isom trabalhou em estúdios de animação como Ogura Kubo, sendo animador de backgrounds para animes como Bleach, Gintama, Kuroshitsuji, Lupin lll: The Woman Called Fujiko Mine e Naruto.
D’ART e a luta pelo reconhecimento
Primeiramente, em sua entrevista pela Japan Times, Thurlow expôs sua frustração em trabalhar na indústria do anime. Dessa forma, suas ideias ou voz fossem foram completamente apagadas, simplesmente por ser um homem negro. Além disso, ele não ganhou crédito por grande parte das animações que fez.
“Quando eu animava Gundam e Pokemon, nunca mencionavam o meu nome e eu ganhava apenas 4 dólares por dia pelo meu trabalho”, declarou o animador.
O estudio D’ART é um time colaborativo. Sempre procurando empregar animadores diversificados e estrangeiros. Este time trabalha com as maiores produções de anime do Japão. Segundo olheiros do mercado, mais animadores estrangeiros estão tomando conta da indústria no país, o que é extremamente positivo.
Os projetos
Os estúdios D’ART Shtajio trabalharam também com projetos de grande porte, incluindo produções ocidentais como a terceira temporada de Castlevania da Netflix, Jojo’s Bizarre Adventure: Golden Wind, Seven Deadly Sins, Gintama, Tokyo Ghoul , Tokyo Ghoul:re e One Piece.
“O grande trunfo é estarmos aqui, criadores negros, buscando por uma chance. É uma grande oportunidade para outros artistas. Trabalhamos com diversos mangakás independentes como Tephlon Funk e XOGENASYS. Temos mais oportunidades de contar histórias negras. Esses são os contadores de histórias que queremos ver ganhando adaptações em anime”, afirma Isom.