O casal de diretores iranianos Hossei Molayemi e Shirin Sohani foram indicados ao Cristal de Curtas do Annecy Festival com a animação In the Shadow of the Cypress.
A história gira em torno de um ex-capitão sobrevivente da guerra Irã-Iraque que sofre de PTSD e vive com sua filha. Ela por sua vez precisa lidar tanto quanto os problemas do pai assim como os desafios de viver em uma remota cidade costeira.
Mesmo que o capitão possui um grande desejo de ser um pai dedicado e amoroso, ele se vê incapaz de cumprir esse papel e de se conectar com sua filha da maneira que tanto almeja.
Porém, certa manhã suas vidas mudam para sempre quando ocorre um evento inesperado. Se esse evento se revelará uma nova fonte de esperança ou um fardo adicional, ainda não se sabe.
Um longo processo de In the Shadow of the Cypress
Sohani e Molayemi começaram a trabalhar no curta há seis anos.
E as principais influências para a criação do projeto vieram de suas próprias experiências pessoais.
Por exemplo, o relacionamento de Molayemi com seu pai e o fato de o pai de Shirin ser um veterano de guerra.
E certamente, á todos os veteranos que participaram da guerra Irã-Iraque.
“Estamos satisfeitos por termos perseverado e conseguido realizar a tarefa quase impossível de criar uma produção tão significativa no Irã, apesar do nosso baixo orçamento, da escassez de artistas qualificados e de uma variedade de outros problemas que enfrentamos todos os dias em nosso país.” Disse o casal, em uma entrevista com a Animation Magazine.
O filme foi totalmente animado à mão em 2D. E apesar do projeto ter contado com a participação de várias pessoas, a maior parte das tarefas foram realizadas pelos diretores om a participação do animador Azad Maroufi. Desde as primeiras frases até a a etapa final do projeto.
Inspiração e Visibilidade
Como resultado, o casal espera que seu curta inspire e emocione o público ao redor do mundo.
E sem dúvida se orgulham de terem conseguido chamar a atenção global para a difícil realidade dos veteranos iranianos que sofrem de PTSD. “Acreditamos que nosso curta pode estabelecer uma conexão profunda com pessoas de diferentes regiões geográficas, culturas, idiomas e origens, desde o Japão até o Chile, tudo isso sem utilizar diálogos.”
Para acompanhar o projeto, clique aqui.