Leo FernandesTornar-se freela é um grande passo dentro da jornada profissional, e como toda tomada de decisão muitos fatores têm que ser pesados, além da necessidade de se adquirir novas habilidades cruciais para a construção de uma carreira bem-sucedida.
O choque de realidade
Muitas vezes a decisão de tornar-se freela surge pela constatação da evolução natural das habilidades profissionais, algumas técnicas já foram dominadas, o senso de organização, disciplina e responsabilidade estão afiadas, logo se aventurar em novos mares faz todo o sentido. O primeiro choque de realidade nesta nova jornada é perceber que somente o domínio da parte técnica não é o suficiente para fechar aquele job dos sonhos. Em uma negociação, a postura do profissional diante dos futuros clientes pesa muito mais do que o know how técnico, eu diria que 60% do sucesso se deve ao poder de articulação social do freela.
Lapidando o eu profissional
Geralmente começamos nossa carreira como funcionários de algum estúdio, agência ou produtora, nesta fase o nosso foco é estudar e cada vez mais aperfeiçoar o lado técnico, não existe aquela preocupação com todo o lado business da coisa, e é ai que descobrimos o nosso calcanhar de Aquiles ao começar o processo de captação de clientes. É preciso ampliar nossas skills, e uma das habilidades que precisam de uma atenção toda especial é a de oratória, invista em cursos e pratique no seu dia a dia.
Ter um bom domínio da escrita é fundamental, principalmente quando os primeiros contatos são via e-mail, então leiam mais, amplie seu vocabulário e procure aprender sobre redação comercial.
Lembre-se que muitas vezes você vai lidar diretamente com clientes que só estão interessados no resultado que o seu trabalho vai trazer, então sempre use os números e estatísticas a seu favor, pesquise e mostre como vídeos e peças de motion performam melhor do que outras peças e como isso pode melhorar o engajamento e etc. Tenha certeza que seu cliente tem mais interesse nestes números do que na técnica que você vai aplicar.
Seja sua própria marca
Posicione-se no mercado como uma marca, estude sobre branding, monte um site, crie uma comunicação visual coerente e aja como uma marca que oferece soluções para os mais diversos negócios através das técnicas de animação. Você não é um motion designer, você é uma empresa com um posicionamento bem definido dentro do mercado, internalize isso ao máximo, pois o seu cliente vai te enxergar da mesma forma que você se enxerga.
Pode parecer complicado no início, mas com planejamento e aperfeiçoamento constante podemos ir muito além do que imaginamos, não se deixe abater pelos “fracassos” e entenda que tudo é aprendizado, desta forma conseguiremos construir uma carreira consistente e plena. A palavra de ordem é: se jogue, assuma suas falhas e seja feliz!
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