Sound & Design - Criatividade

Recentemente, li um texto no Medium que me fez pensar sobre a importância da música, do áudio, e seus efeitos para a construção de trabalhos de design, motion e animação. De que maneira esses trabalhos se enriquecem com melodias e efeitos bem pontuados e como somos mais produtivos e criativos quando estamos escutando algo que gostamos.

Neste primeiro texto da série “Sound & Design”, vou focar os meus olhares, ou melhor os meus ouvidos, no som e na criatividade e em como somos influenciados por estes estímulos.

VIZIO | Dolby Atmos by Tendril

Todos podem ser criativos

Todos nós somos providos de criatividade e cada um tem a sua forma particular de ver o mundo. Muitos entendem a criativadade como algo restrito aos artistas e designers, mas todo mundo pode ser criativo. E o que vemos é isso mesmo: inúmeros “não-artistas” estão resolvendo problemas do cotidiano de forma criativa, propondo soluções originais, cada indivíduo à sua maneira.

Os designers, mais especificamente, vendem essa habilidade como parte das suas atribuições como profissionais, pois necessitam entregar soluções estético-funcionais eficientes, trazendo junto com elas a inovação, inventividade ou algum diferencial.

Hoje, é bem mais complexo criar algo totalmente novo. Muita coisa já foi criada, muitas ferramentas implementadas. Parece até que já esgotamos todas as soluções para as demandas do nosso tempo. Só que não e a pós-modernidade está aí para nos provar isso e trouxe possibilidades ainda mais interessantes: de remixar o que já temos, implementar melhorias.

Parece fácil recombinar soluções, mas não é tanto assim. A mesma busca por autenticidade é solicitada.

Ouvindo o diferente

Parece óbvio o que eu vou dizer, mas não é não: pessoas diferentes resolvem problemas de formas diferentes. Esse pensamento é muito simples, mas abre uma infinidade de possibilidades.

Assim, cada processo criativo é um processo criativo. E é fundamental ouvir pessoas que pensam de forma divergente da nossa. Esse processo de escuta é uma troca em que aprendemos, ensinamos, compartilhamos e alimentamos nossas redes de trabalho e de conexão.

Cada pessoa tem um background próprio e isso é fenomenal. Por isso, é tão importante respeitar as diferentes culturas e individualidades.

Como música para os teus ouvidos

Em uma pesquisa rápida lá no meu Instagram, percebi que grande parte das pessoas responderam que curtem criar e trabalhar fazendo uma dessas coisas: escutando música, ouvindo podcast, ouvindo alguma coisa no youtube, ou até mesmo escutando algo no Netflix. Apenas uma ou duas pessoas disseram preferir o silêncio e que não escutam nada enquanto criam.

Percebi e recordei que em todo estúdio, agência ou produtora que já entrei, praticamente todas as pessoas estão com os seus fones de ouvido. De designer à equipe administrativa, cada um curte o seu som ou conteúdo preferido. Parece ser uma necessidade: criar, trabalhar e fazer atividades do dia-a-dia, acompanhado daquilo que mais nos agrada.

Creio que aliar o ouvido, essa expressão sensorial, faça parte de uma busca por bem-estar ou encarar o trabalho de forma mais leve. Para ser criativo é preciso estímulo também.

VIZIO | Dolby Atmos by Tendril

A trilha sonora do teu trabalho

Já percebeu que temos uma trilha sonora para cada momento da vida? Pois é, com a inspiração não é diferente, queremos fazer uma imersão no ambiente, entrar na atmosfera do que estamos imaginando. Se deixar levar pela música é se deixar levar por sentimentos.

No meu processo criativo eu escolho estilos diferentes, que dependem e variam com o tipo de trabalho que estou fazendo. Criar um design para uma marcar de esporte disruptiva me pede um rock pesado. Já para algo mais tecnológico vai bem um eletrônico batidão.

Tente você também entender qual é a trilha sonora do seu trabalho, ajuda bastante e torna tudo bem divertido.

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