Todos sabem que a Skynet vai dominar o mundo e seremos escravizados pelas máquinas. Isso é papo velho. Sabemos também que sound design (SFX) é parte crucial no processo de acabamento de animações, filmes e séries televisivas. E é do conhecimento geral o trabalho que dá colocar cada som em seu devido lugar, já que muitas vezes um motion designer ou animador acaba fazendo essa parte; mesmo que de maneira menos efetiva que um sound designer exclusivo.

De todo modo, vejamos algo curioso. Neste momento, é apenas uma ideia em teste no Laboratório de Inteligência Artificial e Ciências da Computação do MIT, mas e se em algum momento do futuro breve pudéssemos usar uma Inteligência Artificial para gerar sound design de vídeos e filmes?

Aqui está o conceito básico dessa maravilha.

 

A equipe do MIT queria criar um algoritmo computacional de “aprendizagem profunda” (deep learning), que aprenderia quais tipos de sons batem com determinados objetos com base em coisas como dureza e tipo de material.

Eles gravaram cerca de 1.000 vídeos e cerca de 4.600 sons pra isso. Em seguida, permitiram que o computador “aprendesse” quais tipos de objetos faziam determinados sons. Então forneceram ao computador vídeos sem áudio e deixaram-no trabalhar na tentativa de corresponder os sons aprendidos com as imagens fornecidas.

Para prever o som de um novo vídeo, o algoritmo analisa as propriedades de som de cada frame daquele vídeo, e os combina com os sons mais similares de seu banco de dados. Uma vez que o sistema tem os bits de áudio, ele junta-os para criar um som coerente. – Andrew Owns, estudante do MIT

Os resultados foram notáveis e a I.A. criou sons correspondentes na maioria das vezes. Em alguns momentos, no entanto, os sons não corresponderam tão bem, e o computador chegou a gerar efeitos sonoros para objetos que sequer eram atingidos.

via Midia Capital

Importante salientar que, para estes testes, a equipe usou uma vara de tambor para bater em superfícies de maneira consistente. Assim, os únicos sons produzidos eram os sons de impacto de uma vara de tambor nos objetos. Eles não tentaram outros tipos de sons complexos como de carros ou vozes.

O conjunto de amostras foi simples, mas demonstra o poder de uma I.A. quando bem direcionada. Imagine gravar um vídeo, em seguida executá-lo através de um processador que combina todos sons apropriados, sem que tenhamos de fazer todas pesquisas e ajustes.

A beleza de uma I.A. é a velocidade com que ela pode analisar toneladas de dados sem interferência de alguém. E a ideia aqui não invalidaria o trabalho de um Sound Designer, mas sim o ajudaria no processo de buscar ou mixar tipos de sons.



Fonte: Motionarray

 

[sgmb id=”1″]

Comentários

comments