Todos os caminhos levam à Buck

No mundo do design de motion graphics para publicidade, poucos estúdios têm uma reputação tão grande quanto a Buck.

O estúdio combina design, animação, efeitos visuais e live-action para criar uma ampla variedade de peças para seus clientes de alto perfil ao redor do mundo.

Um equipe gigantesca

Fundada em 2004 pelas forças criativas unidas de Jeff Ellermeyer, Ryan Honey e Orion Tait, a Buck hoje conta com escritórios em Los Angeles e Nova York, além de representação comercial no Canadá, França e Inglaterra. Os três fundadores continuam na empresa, que já soma mais de 70 funcionários em tempo integral.

De acordo com o diretor criativo executivo Ryan Honey, a equipe da Buck avalia três critérios ao decidir se aceita um projeto: o potencial de explorar a criatividade, o tamanho do público-alvo e o orçamento. Se o projeto atende a pelo menos dois desses pontos, eles seguem em frente.

Um bom exemplo é a peça multivencedora de prêmios criada para a Good Books, intitulada “Metamorphosis”. A Good Books é uma empresa que destina todos os seus lucros à Oxfam (uma confederação global que visa combater a pobreza e a desigualdade). Em vez de contar com um grande orçamento, a Buck optou por priorizar o controle criativo e desenvolveu um verdadeiro trabalho de paixão. Dessa forma, o resultado foi uma alucinação inspirada em Hunter S. Thompson, no estilo de animação tradicional (cel animation).

O domínio do motion 3D é a marca registrada da Buck

Por que o Buck pararia por aí? Embora grande parte de seus trabalhos sejam visuais altamente polidos para campanhas publicitárias de grandes marcas, o estúdio seguiu um caminho diferente ao criar quatro curtas-metragens exibidos no Festival de Cinema de Sundance

No spot chamado “Come Together”, Ryan Honey explica que eles primeiro animaram toda a peça em 3D para acertar precisamente o tempo das ações. Em seguida, criaram no Illustrator todas as formas necessárias. Depois, essas formas foram cortadas a laser em madeira e papel, pintadas e finalmente animadas em stop motion sobre a pré-visualização original.

Combinado a um excelente trabalho de design de som e trilha musical, o resultado foi algo totalmente original. Além disso, não é todo dia que se pode incluir Robert Redford nos créditos de direção criativa.

Com tanto trabalho saindo dos escritórios do Buck — mais de 100 projetos por ano — é impressionante que a equipe consiga continuar trazendo ideias originais repetidamente. Mas é justamente sua dedicação ao espírito criativo e ao aprendizado e experimentação com novas técnicas que mantém o estúdio relevante e na liderança do setor de criação voltada ao design no mundo da publicidade.

Inclusive tem vídeo no canal do Layer com um ex integrante da Buck, Ariel Costa. Além disso, essa entrevista é muito foda e o trabalho do Ariel é absurdo.

Caso queira mais inspiração, saca só esse artigo. Eles mostra detalhes da animação em stop motion que o Tim Burton usou em um dos episódios de Wandinha. 

Boa semana!

Daniel desligando.

Fonte: Motion Array.

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