Viva Magenta, a cor de 2023

O chá de revelação da Pantone já rolou, e a cor de 2023 é a Viva Magenta! Mas como é feita esta escolha, e como isso pode afetar nosso trabalho? Seria tudo isso uma imposição mercadológica ou revelação divina? Todas as perguntas e dúvidas serão solucionadas neste artigo, então deixe de preguiça e leia até o final.

Quem é a Pantone?

A Pantone é uma empresa americana criada em 1963, criou um sistema de cor para resolver um problema muito comum na indústria gráfica de antigamente, a identificação correta das cores, e assim ela acabou se tornando referência mundial. A indústria gráfica, de produtos e de moda sempre se baseiam nos catálogos da Pantone na hora de criar seus produtos, o Canadá e a Coreia do Sul também usam o padrão Pantone para definir as cores de suas bandeiras.

Como é feita a escolha da cor do ano?

Em 2000 o Pantone Color Institute, consultoria que estuda tendências globais de cores e dá suporte a empresas sobre identidade visual da marca, passou a eleger a cor do ano. Este instituto é formado por vários especialistas de vários países, eles levam em consideração neste processo de escolha, as tendências de comportamento, estilos e mudanças sócio políticas, inclusive o conflito na Ucrânia foi levado em consideração na escolha da cor de 2023. A análise das emoções culturais da época, somadas às questões da psicologia das cores e profundos estudos sobre as futuras tendências, geram os tons que traduzem o recorte histórico de um período.

Viva Magenta 2023

A cor do ano sendo usada no mundo da moda
Fonte: Pantone

Segundo Leatrice Eiseman, diretora executiva do Pantone Color Institute,”este é um tom pouco convencional para tempos nada convencionais e reflete uma nova visão, um sinal de força inspirada pela interação entre a criatividade humana e a inteligência artificial, além de mudanças no estilo de vida das pessoas após a covid-19 e uma busca por otimismo em meio à guerra na Ucrânia. Viva Magenta é uma cor híbrida, que confortavelmente alcança o físico e o virtual, evocativo de nosso mundo multidimensional. Assertivo, mas não agressivo, é um vermelho carmim que não domina ousadamente, mas em vez disso tem a abordagem de um punho coberto por luvas de veludo”, segundo a Pantone, este tom é capaz de dirigir o design para criar um futuro mais positivo.

Este tom foi baseado no corante vermelho produzido pelo inseto cochonilha, por sinal todos os corantes vermelhos na indústria alimentícia vem deste “simpático” hemíptero parasita produtor de ácido carmínico.

O fim da parceria Adobe e Pantone

Dentro dos programas da Adobe voltados para a indústria gráfica (Illustrator, Photoshop e Indesign) sempre tinham bibliotecas com as cores Pantone, mas como todo carnaval tem seu fim, esta parceria acabou, aliás não acabou, segundo a diretora de gestão de marca e comunicação de marketing da Pantone Marcie Foster, a parceria com a desenvolvedora continua mesmo com a retirada do catálogo de cores.

A justificativa da remoção das bibliotecas é que as mesmas não seguiam as atualizações de cores da Pantone, ficando sempre limitadas, para resolver esta limitação foi criado o Pantone Connect Premium, que é um sistema de assinatura anual no valor de R$ 475,00 que conecta o Illustrator, Photoshop e Indesign a base de cores da Pantone. Quem já trabalhou com os catálogos da Pantone sabe o quão barato está esta assinatura anual.

Uma verdadeira pechincha!
Bem baratinho

Como motion designers é sempre importante estarmos a par das tendências, pois o nosso trabalho é de cunho comercial e conversa diretamente com a publicidade e propaganda, e até mesmo nos trabalhos autorais, surfar nas tendências não é nenhum problema.

E aí o que acharam dessa escolha? Vocês usariam essa cor em algum trabalho pessoal?

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