Se você passou pela fase emo ou gótica na adolescência ou conhece alguém que passou , sabe: era tudo muito intenso. O delineador, a música melancólica no volume máximo e a sensação de que cada pequeno drama era o fim do mundo.
A animadora britânica Laura Jayne Hodkin não só lembra dessa época como a transformou em arte! Seu novo curta animado, “Wuthering Hearts” (Corações Tempestuosos), é um romance sombrio e hilário entre jovens góticos da região de Yorkshire, no Norte da Inglaterra, e já está sendo carinhosamente chamado de “emo-Bridgerton”.
Vem com a gente descobrir por que o trabalho de Laura é um toque de genialidade rabiscada!
A História: Gótico, Mas Com Sotaque de Yorkshire
Laura Jayne Hodkin é conhecida por criar personagens excêntricos e situações inusitadas — de garotas bêbadas em uma lanchonete de frango (Hot And Tasty) a meninas ricas perdidas em Silent Hill (Welcome To Foggy Hell Town).
Em “Wuthering Hearts”, somos apresentados a Helena, uma adolescente gótica que é o próprio mau humor em pessoa. A trama se desenrola em uma noite, enquanto Helena se prepara para encontrar seu crush.

A cena é épica:
- Ela aplica aquele delineador dramático que escorre pela bochecha.
- Para dar o toque final no cabelo, ela ajeita um rato agitated (agitado) em sua franja para conseguir um look à la Robert Smith (vocalista do The Cure) perfeitinho.
Tudo isso ao som de música morosa, enquanto sua mãe a perturba. É aí que Helena solta a pérola: “Estou com a mórbida de novo, me deixe afundar na escuridão!” (Uma referência ao “morbs,” aquele sentimento dramático e melancólico que só o adolescente entende).
Em seguida, ela escapa pela janela para encontrar seu par ideal, o sombrio Bernard, para um encontro nas famosas charnecas de Yorkshire.
Inspiração e Estilo: Bruto e Cheio de Personalidade

A ideia para o curta surgiu quando Laura Hodkin se mudou de Londres e voltou para o Norte, revivendo as memórias de seus anos como emo kid em uma cidade pequena.
“Comecei a me lembrar da minha adolescência emo em uma cidade pequena. Longas caminhadas pelos campos para encontrar amigos, horas esperando o próximo ônibus, tocando música angsty como se cada pequeno drama fosse o fim do mundo,” diz Laura. “Olhando para trás agora é engraçado, mas também tinha uma intensidade que eu queria capturar.”
O Estilo Não-Técnico é o Toque Secreto

Laura animou o curta principalmente dentro do Photoshop, com alguns cenários pintados no Procreate. Seu estilo é intencionalmente “rough” (áspero) e inspirado no “Squigglevision” — aquele visual meio rabiscado e vibrante.
Ela confessa que não é uma animadora “super técnica,” mas vê isso como uma vantagem:
“A ligeira aspereza dá à obra sua própria personalidade, o que a faz parecer mais viva. Além disso, sou alguém que gosta de colocar as ideias no papel rapidamente. Se eu demoro demais, eu me aborreço ou começo a perder a fé na ideia.”
E o toque final de autenticidade? O Sotaque. Cansada de ouvir as “mesmas vozes” nos desenhos animados, ela chutou a porta e colocou um forte sotaque de Yorkshire em seus personagens. É o humor na dose certa para quebrar a melancolia!
A Lição do Emo para o Mundo Criativo

O curta de Laura Hodkin surfa na onda da volta da estética emo e da moda dos anos 2000, mas sua intenção é ir além do visual, capturando o sentimento da época.
E a mensagem que ela deixa para todos, especialmente para os criativos mais jovens, é perfeita para quem está em busca de um estilo próprio:
“Se você é jovem e se sente estranho, dramático ou cringe, apenas se entregue a isso.”
É uma celebração da autenticidade e da intensidade adolescente que, quando bem animada, se torna arte pura.
Curtiu a vibe de Laura Jayne Hodkin? Compartilhe este post e deixe seu comentário sobre qual foi o seu visual mais “cringe” da adolescência.
Aproveite e siga ela!