Na maioria das vezes, o e-mail é o nosso primeiro contato com um possível cliente ou contratante. Através dele nós geramos as primeiras impressões. Um e-mail bem escrito vai fazer com que você seja visto como um profissional mais confiável e que, consequentemente, vale mais ($). Veja alguns exemplos do que não fazer em um e-mail profissional.
Não seja arrogante ou prepotente
Quando se trata de um e-mail com o qual queremos conquistar um cliente ou conseguir um emprego, é normal falarmos bem de nós mesmos e exaltarmos nossas qualidades. Mas isso é perigoso!
Você deve soar arrogante e convencido. Tente se colocar no lugar do cliente que está lendo e lembre-se, dependendo do humor do contratante, até uma frase inocente como “eu acredito que eu seria uma ótima adição à sua equipe” pode soar como prepotência.
Deixe que seu trabalho fale por você. É ele que tem que conquistar o cliente e mostrar o quão bom você é. Evite auto-elogios. Todo mundo aprecia a humildade.
Não escreva e-mails complicados ou prolixos
Às vezes você pode achar que está sendo muito claro em seu e-mail mas não está. Sempre releia o que escreveu com o olhar do cliente. Como você se sentiria se estivesse recebendo este e-mail? Está tudo claro e sem espaço para diferentes interpretações?
Não tente usar um vocabulário rebuscado para impressionar. Seja o mais simples, direto e objetivo possível.
Não mande e-mails longos
Se você estiver escrevendo um e-mail para conseguir um trabalho, lembre-se: a pessoa ou empresa só precisa saber o básico. Se apresente amigavelmente, diga qual tipo de projeto você se interessa em trabalhar, o link do seu portfólio e seu contato. É apenas isso.
E-mails longos têm grande chances de não serem lidos. Cada palavra que você escreve deve ter um propósito claro. Se você puder substituir duas palavras por uma única que tem o mesmo sentido, faça isso. A pessoa precisa abrir seu e-mail, no computador ou no celular, e ser capaz de lê-lo do começo ao fim sem precisar usar a barra de rolagem.
Não envie currículos
Na nossa área, assim como quase toda área criativa, currículos não são importantes. O que não significa que você não deva ter um.
O cliente ou empresa que queira contratá-lo precisa conhecer primeiro seu trabalho, ou seja, seu portfólio. Se ficarem muito felizes com o que viram e estiverem na iminência de contratar você, pode ser que queiram ver seu CV para ter uma ideia melhor do seu histórico profissional, então, tenha um. Porém na maioria dos casos não vão te pedir.
Não peça trabalho em um e-mail inicial
Se você está enviando um e-mail para um cliente com quem quer trabalhar, seu primeiro objetivo é se apresentar e mostrar que você é uma pessoa simpática. Apesar de se tratar de um contato profissional, você estará sempre lidando com seres humanos e as pessoas preferem trabalhar com pessoas que elas gostam.
Se apresente, diga que admira o trabalho do possível contratante e mostre seu portfólio. Acima de tudo, seja uma pessoa legal.
Nunca diga que você é recém-formado
Falar que tem pouca experiência soa como um pedido para que o cliente seja menos crítico ao seu trabalho. Você não precisa dizer isso a não ser que te perguntem.
Sempre demonstre confiança, mas com cuidado para não parecer arrogante. Seu trabalho deve mostrar quais são suas habilidades e o cliente é quem vai avaliar se você está ou não capacitado para o que eles precisam.
Nunca pareça desesperado por um job, mesmo se estiver
Parecer desesperado vai transmitir insegurança e vai fazer com que o valor do seu trabalho caia. Demonstre interesse mas não faça parecer que aquela é uma oportunidade única e que você dificilmente terá outra igual.
É importante não falar de preço antes que o cliente pergunte. Quando ele perguntar, envie uma proposta e fale sobre valores com firmeza. Vocês provavelmente vão negociar valores, mas nunca abaixe drasticamente o valor que você pediu inicialmente. Isso também demonstra falta de profissionalismo e uma arbitrariedade da sua parte quando se trata de precificar seu trabalho.
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A imagem de capa e a ilustração deste artigo é do projeto de Jonas Mosesson.