A indústria de pós-produção é cheia de expressões que significam algo… Mas somente para quem lida com isso todos os dias. Já se perguntou de onde vêm os estranhos termos que usamos? Pois é, vejamos o que se sabe a esse respeito.
Keyframes
Comecemos pelo básico. Em aplicativos modernos, um keyframe designa o valor de um certo ponto no tempo. Dessa forma, os softwares podem interpretar as informações contidas entre keyframes (dois pontos no tempo), sem que você precise fazê-lo. Isso é chamado de tweening, e é um avanço recente da tecnologia.
Na era dourada da animação, todo frame tinha de ser desenhado à mão; e ficava a cabo de animadores menos experientes, pois os melhores da equipe eram responsáveis por ilustrar somente os “key” frames, os planos chave, os quadros mais importantes de um certo movimento. Daí o uso do termo ao se referir aos key-animators (que desenham keyframes) e os inbetweeners (que desenham frames entre keyframes).
Masks
Em pós-produção, masking é um processo em que isolamos uma certa área da imagem para que não seja afetada por efeitos. No Photoshop, talvez você use máscaras somente para desfocar o fundo, mas no After Effects uma máscara pode ajudar em composições muito avançadas. A história do masking volta num tempo muito anterior ao PS. Na verdade, o termo é derivado das máscaras reais, usadas para bloquear a face.
Masking é usado há tempos no campo das Artes. Existe mesmo uma fita que chamam mask tape, muito utilizada para proteger objetos que não devem ser pintados.
Feathering
Hoje em dia feathering é essencialmente suavizar as bordas de algo. No entanto, o termo é derivado de uma técnica clássica em que artistas usavam plumagens (feathers), para suavizar a transição entre duas cores. Na pintura doméstica, costuma-se usar espanadores como forma de suavizar a transição das cores. Feathering é um processo muito importante para editores e motion designers modernos.
Matte/Matte Painting
Em filmes e fotografia, um matte (fosco) é usado para compor o primeiro plano com o fundo. A história dos mattes no cinema é bem densa, mas o termo foi popularizado nos primeiros dias da era da pós-produção através da técnica matte painting. Esses primeiros matte painting eram cenas literalmente pintadas sobre vidro com tinta fosca.
Com o tempo, o matte evoluiu e se tornou o que se chama color keying moderno, embora o matte painting digital continue a ser um processo vital em filmes atuais.
Rotoscoping
Essencialmente, rotoscopia é o processo de “recortar” objetos ou indivíduos de uma cena. Isso era feito à mão, um frame de cada vez, e a técnica – apesar de ter sido refinada hoje em dia -, continua tediosa.
Nos primeiros dias do cinema, um artista usava o rotoscope para projetar um frame no vidro. Assim ele podia recortar o que bem entendesse frame-a-frame. Esse método era amplamente usado em cartoons, mas foi sendo inserido no cinema e incorporado como técnica fundamental de VFX.
Fonte: The Beat
Imagem de destaque by Mattrunks
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