Ramin Rahni, o mago que transforma o analógico em arte digital

Se você é do tipo que acha que arte digital é só apertar botões no Photoshop ou no After Effects, prepare-se para ter a mente bugada (no bom sentido!).

Ramin Rahni, é um artista que está elevando o conceito de “pintura digital” a um nível completamente novo, misturando ciência, arte islâmica e, pasmem, um sintetizador de vídeo analógico!

Vem com a gente entender como esse gênio multidisciplinar cria paisagens digitais que parecem ter saído de um sonho glitchado.

O Cientista que Virou Feiticeiro do Vídeo

Antes de mais nada, a primeira coisa que você precisa saber sobre Ramin é que ele não começou na arte. Ele é biólogo por formação!

Essa mente analítica e voltada para STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) faz todo o sentido quando olhamos para suas criações. Seus “quadros” digitais são repletos de fórmulas geométricas e movimentos que parecem ter uma lógica científica, mas que resultam em algo totalmente poético.

A Ferramenta Secreta: O Sintetizador LZX

Em vez de usar softwares convencionais, Ramin usa um sintetizador modular analógico LZX. Pense nele como um teclado musical, mas que em vez de gerar sons, gera formas e mistura cores através de módulos eletrônicos pré-programados.

Dessa forma, para Ramin, o LZX é a ferramenta perfeita. Ele oferece um escopo ilimitado para traduzir suas ideias em vídeo, resultando no que ele descreve como “pinturas digitais”. O resultado? Uma viagem visual que salta de paisagens desérticas e papoulas glitchadas a manifestações abstratas de cores e texturas.

Geometria Sagrada e o Glitch Analógico

Primeiramente, uma das grandes inspirações de Ramin são as geometrias islâmicas, uma herança da sua criação no Irã. Ele pega essa precisão milenar e a subverte com a instabilidade do vídeo analógico.

Cada “plug-in” no sintetizador resulta em movimentos com aquele efeito nebuloso e tremido que lembra o estilo “Squigglevision”. É como se a arte digital estivesse sendo criada em tempo real, sujeita a interferências e erros que se tornam a beleza da obra.

O Toque Híbrido e Maluco

Ramin está sempre experimentando. Uma de suas técnicas mais insanas envolve:

  1. Dividir a arte de vídeo em seus canais de cores primárias: vermelho, verde e azul (RGB).
  2. Imprimir cada frame três vezes — uma para cada canal de cor — usando uma impressora térmica de vídeo (tipo as antigas).
  3. E, finalmente, escanear e compor tudo digitalmente!

O resultado? Animações stop-motion que parecem livros ilustrados fantasmagóricos ou com um toque de terror estético.

Polímata e Artista Interdisciplinar de Verdade

A genialidade de Ramin não para na arte visual. Ele é o que a gente chama de Polímata Criativo (aquele que domina várias áreas).

Além de suas criações visuais, ele toca música como metade da dupla de art rock Tar Of, é metade da dupla eletrônica SWANA, a Googoosh Dolls e co-organiza o festival anual Technowruz em Nova York.

Sendo assim, ele prova que o ditado “João-sem-braço em tudo, mestre em nada” está completamente errado. Ramin Rahni é mestre em tudo que se propõe a fazer.

E aí, curtiu o processo de Ramin Rahni? É a prova de que a inovação muitas vezes está em usar ferramentas antigas (ou incomuns) de um jeito totalmente novo! Deixe seu comentário e compartilhe essa viagem visual!

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