É sempre legal saber que profissionais ou empresas brasileiras estão fazendo sucesso e crescendo. Essa semana, o renomado estúdio de criação paulista Lobo fez sucesso com duas novidades: primeiro divulgaram a notícia de que seu famoso estúdio agora também terá um escritório em Nova Iorque. Depois foi divulgado mais um trabalho incrível, dessa vez contando a história de um cliente com um lindo curta animado.
Criada em 1994 por Nando Cohen e Mateus de Paula Santos, as especialidades da Lobo incluem animação 2D, CG, stop motion, VFX e live action. Após crescerem rapidamente para o nível dos grandes estúdios entre as principais agências de publicidade, redes de TV e produtoras de cinema no Brasil, o estúdio expandiu sua estrutura para atender o mercado de toda América Latina, Europa e Estados Unidos. Uma verdadeira powerhouse.
Ano passado já haviam criado uma conexão maior com o mercado internacional criando um escritório satélite em Nova Iorque, tendo Guilherme Marcondes — um dos membros originais da Lobo — como Diretor Criativo. Agora chamaram o veterano Luis Ribeiro — 25 anos de experiência em diversos estúdios e produtoras americanas de renome — como Diretor Executivo do novo escritório, e Luc Dubois para Head of Production. Juntos, os três elevam o status do novo escritório e tornam oficial o novo braço americano da Lobo.
Marcondes também foi diretor do último trabalho, “Unlikely Hero”, feito em parceria com a agência 22squared, para a empresa Interface, líder no ramo de carpetes. Há duas décadas, a Interface começou a modificar suas práticas poluentes. Em 2006, anunciou o objetivo de se tornar uma empresa de impacto ambiental zero até 2020, e mesmo apesar de reconhecida e premiada por diversas instituições especializadas, a história da empresa permanecia desconhecida do grande público. Pensando nisso, a 22squared trouxe para a Lobo a missão de contar essa história.
No site da própria Lobo eles nos contam mais sobre esse lindo projeto:
“Nossa missão foi dramatizar o que a princípio seria uma longa lista de conquistas em tecnologia de fabricação. O que realmente importa para o mundo em geral é a mensagem humanista subjacente: somos capazes de mudar definitivamente quando reconhecemos nossos erros passados e fazemos um genuíno esforço de transformação.
A empresa é personificada pelo personagem principal do filme: um monstro gigantesco que se mantém alheio aos danos que provoca devido a uma densa camada de nuvens poluídas – produzidas por ele próprio – que bloqueiam sua visão. Enquanto isso, uma garotinha vivendo na terra degradada abaixo, sonha em ver o céu azul ao menos uma vez em sua vida. A única maneira dela chegar além das nuvens é escalando o próprio monstro, como João em seu pé de feijão. Esse plano ousado leva os dois personagens a um encontro inesperado que despertará a consciência de Interface.
A partir da ideia inicial do “monstro que não sabia que era um monstro”, criada pela 22squared, Lobo desenvolveu o roteiro e definiu o estilo visual, inspirando-se em desenhos animados japoneses e ilustrações e design modernistas da metade do século XX.”
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Não é à toa que projetos da Lobo já ganharam diversos prêmios internacionais. Recentemente o fantástico “The World of Autism”, parceria com a BBDO NY para a Autism Speaks, ganhou ouro em Cannes nas categorias Design, Motion e Animação, e também bronze em Direção de Arte e Animação. O filme educa pais em como identificar os primeiros sinais de autismo nos seus próprios filhos. Só nesse ano, a Lobo saiu com 12 Leões em Cannes.
Para um estúdio que já produziu tantos trabalhos de nível altíssimo com mensagens inspiradoras, o mundo acaba se tornando tão pequeno quanto um tabuleiro de WAR. Que continuem aumentando seus exércitos!
fontes: AWN e Cartoon Brew
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