Final Space: uma ópera espacial espetacular

Eis um fato: séries animadas com teor adulto tomaram conta dos canais televisivos. A maior parte delas, no entanto, trata de assuntos quotidianos – relações familiares, profissionais e coisas assim -, e apenas algumas se arriscam em gêneros mais específicos. Não é todo dia que temos o prazer de assistir séries como Samurai Jack e Rick and Morty. Mas para a mina grata surpresa, Final Space é excelente em todos os aspectos.

Space Opera

Final Space é uma série sci-fi criada pelo cineasta Olan Rogers. Ela foi lançada nos EUA em Fevereiro dessa ano – 2018 -, pela TBS e há poucos dias no Brasil pela Netflix.

A história gira em torno do irritante Gary, um prisioneiro que cumpre pena confinado em uma nave por 5 anos. Em uma de suas caminhadas fora da nave para reparos, Gary encontra uma criatura verde e fofinha, que nomeia Mooncake. O que ele descobre pouco depois é que o tal Mooncake é uma arma de destruição planetária. À partir disso, os dois embarcam em uma jornada até o fim do universo conhecido, envolvendo-se com um sem número de personagens como Avocado (uma criatura-gato mestre em armas e estratégia), Quinn (o amor absolutamente platônico de Gary e pilo da Tropa Infinita), KVN (pronuncia-se “kevin”, que é um robô companheiro de Gary criado para não deixa-lo deprimido enquanto cumpre a pena) e HUE (a Inteligência Artificial da nave, um dos melhores personagens em minha opinião).

https://www.youtube.com/watch?v=CL7094DNlmo

Visualmente, Final Space é incrível e muito acima da média dos cartoons modernos. Os efeitos de luz e sombra, explosões, fumaça e poeira, lasers e tudo o mais são extremamente meticulosos. Além disso, a animação mantém uma fluidez invejável, com uma taxa de frames constante.

A série é, obviamente, uma ópera espacial e possui muitos elementos de Star Wars e Star Treck. Contudo, consegue ser original e convincente, com mundos e criaturas bem diferentes do convencional. Além disso, apesar de ser uma série engraçada na maior parte do tempo, Final Space evoca temas reflexivos ou mesmo tristes, balanceando bem entre os dois lados.

Vale o confere.

 

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