A história do aclamado Studio Ghibli está repleta de heroínas, tanto do lado imaginário, quanto do lado profissional. Há alguns dias faleceu Michiyo Yasuda, colorista (o termo aqui se refere a função do artista que adiciona cores do zero em ilustrações preto e branco, e não simplesmente “corrigir cores” como no cinema convencional), do célebre estúdio japonês cujas mãos produziram obras como A Viagem de Chihiro, Meu Vizinho Totoro, Princesa Mononoke, Porco Rosso, Ponyo e um monte de etcs.
Yasuda adentrou o mundo da animação quando, após terminar o colegial, não se resignou aos trabalhos comumente reservados para mulheres na época. Ao invés disso, aceitou uma vaga na Toei como colorista de animação, mesmo sem saber o que faria de fato. O resultado disso foi uma carreira de meio século, absolutamente devotada em aperfeiçoar sua arte ao lado dos dois maiores artistas de todos os tempos: Hayao Miyazaki e Isao Takahata.
O papel de Yasuda no Studio Ghibli foi essencial, pois suas cores marcavam o ritmo da história e o caráter dos personagens. É fato comprovado que a escolha das cores certas em cenas do cinema tem um papel importantíssimo ao transmitir emoções sem palavras ao público.
Dessa forma,a ela se tornou, ao lado da animadora Makiko Futaki – falecida também esse ano -, uma das grandes figuras femininas do Ghibli. Para elucidar o que falamos aqui, assistam ao vídeo que Leigh Singer – jornalista cinematográfico -, editou e publicou como homenagem às poderosas protagonistas femininas dos filmes do Studio Ghibli que, nos últimos 30 anos, foram o foco nas aventuras mais incríveis de que se tem notícia no mundo da animação.
Fonte: Domestika