A nova animação das Tartarugas Ninja

Nesse mês acontecerá o lançamento de “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante”, no mesmo ano que a franquia faz seu aniversário de 40 anos.

No novo filme, os irmãos Raphael, Leonardo, Donatello e Michelangelo se empenham em conquistar o coração dos nova-iorquinos e serem aceitos como adolescentes normais. Nessa jornada, eles contam com a ajuda de sua nova amiga, April O’Neil, para enfrentar um misterioso sindicato do crime. No entanto, logo se veem em apuros quando um exército de mutantes é liberado para confrontá-los.

A trilha sonora, composta por Trent Reznos e Atticus Ross acompanha todo o filme. No elenco se encontram nomes famosíssimos assim como Jackie Chan (Mestre Splinter), Ice Cube (Superfly), Seth Rogen (Bebop), John Cena (Rocksteady), Rose Byrne (Leatherhead), Paul Rudd (Mondo Gecko), Post Malone (Ray Fillet), Natasia Demetriou (Wingnut), Giancarlo Esposito (Baxter Stockman) e Hannibal Buress (Genghis Frog).

A nova estética das Tartarugas Ninja

Jeff Rowe – diretor de As Tartarugas Ninja: Caos Mutante –  disse que ao escolher um estilo visual apropriado, eles se inspiraram na estética dos filmes do Spider-Verse. (Inclusive, tem um post no blog que fala direitinho sobre essa estética)

“Algo que foi bem-sucedido em Spider-Verse foi que eles tinham essa aparência de gibi como um ponto de referência”, explica ele. “Então, nos perguntamos qual seria o nosso ponto de referência. Se pudéssemos fazer este filme parecer com qualquer coisa, o que seria?”  E acabamos voltando para os esboços que você faz quando é adolescente antes de realmente saber desenhar.

Analisaram quatro décadas de histórias em quadrinhos, jogos, brinquedos, filmes e séries animadas das Tartarugas Ninja para extrair o apelo central da franquia.

 O filme se inspira na estética “grotesca” que foi popular no início dos anos 90, com brinquedos como “Creepy Crawlers” e “Garbage Pail Kids”. Ele apresenta cenas com pessoas cobertas de gosma, monstros enormes devorando insetos e outros elementos que se encaixam nessa atmosfera criativa.

A produção do filme

Toda a pré-produção foi realizada pela Nickelodeon e começou durante o período da pandemia, depois foi transferida para a Mikros e Cinesite para o processo de animação em CGI. Isso possibilitou que eles trabalhassem com artistas do mundo todo. 

Um exemplo disso foi a contratação de Sean Sylvester que ficou responsável pelos esboços de cores e pinturas de personagens. Ele pegou os designs dos personagens feitos por Woodrow White e os transformou em algo que poderia existir em 3D. Sendo assim, uma figura fundamental na construção da estética do filme.

Durante muitos momentos da produção, Rowe e sua equipe quebraram as regras das técnicas estabelecidas.

“Os personagens têm muita textura e estão em cima de cenários texturizados, o que geralmente é um erro de design na animação”, diz Rowe. “Os cenários podem ser complexos, mas os personagens devem ser simples, ou os personagens podem ser complexos, mas os cenários precisam ser simples. Não achávamos que estava tudo bem, mas certamente parecia legal. Havia muitas ansiedades no início. Levou muita fé através de muitas pessoas e muitos artistas realmente talentosos se unindo e querendo ser ousados e diferentes enquanto levavam o projeto até o fim.”

O co-diretor Kyler Spears se juntou a esse projeto porque já havia trabalhado com Rowe anteriormente em “Os Mitchells vs. Máquinas” e confiava muito nele. Além disso, oferecia amplas oportunidades para se soltar e ficar louco.

“Você pode pausar o filme a qualquer momento, e parecerá uma obra de arte-chave de qualquer um dos membros da equipe de arte, o que era uma ocorrência muito comum durante as reuniões”, admite Spears.

Fonte: Animation Magazine

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