Frame rate é a bola da vez. Você que trabalha há tempos com animação e motion design sabe do que falamos. Mas aqueles que estão iniciando podem tropeçar nessa que é, de longe, uma das mais importantes perguntas que se deve fazer antes de iniciar uma animação: quantos frames por segundos? 24? 30? 48? 60? Pois é.
Mediadores diferentes, regiões diversas e coisas assim demandam frame rates diferentes por razões distintas. E é importante ressaltar que a forma como se anima pode mudar de acordo com isso. Daí a importância de se comentar o assunto. Vamos dar uma olhada nos diferentes tipos que existem.
Filmes/Cinema
24fps, 48fps
Em geral, filmes e outras produções cinematográficas são filmados a 24fps. Apenas recentemente Peter Jackson fez a peripécia de dobrar isso e gravar a trilogia d’O Hobbit em 48fps.
Filmes a 48fps ainda são incomuns, pois fora O Hobbit nenhum outro cineasta se arriscou nisso (James Cameron diz estar filmando os vindouros filmes de Avatar a 48fps). Peter recebeu um feedback misto a esse respeito – muita gente xingou, outros aclamaram -, e a taxa de frame rates alta foi criticada principalmente por “quebrar a imersão” por prover imagens mais nítidas e sem borrões (motion blur).
Televisão/Vídeo
NTSC: 30FPS, 60FPS PAL: 25FPS
O padrão americano para vídeos tem sido por muito tempo 30fps, apesar de que para a televisão seja feito a 29.97fps (veja drop-frames abaixo para compreender). 30fps foi escolhido por ser ideal para sincronização com os 60Hz de força padrão dos EUA.
Esse formato é conhecido pela alcunha NTCS. Na Europa, são usados 25fps como norma por conta dos seus 50Hz de força padrão. Já esse formato chamam PAL. Em vídeos online, comumente são upados a 30fps ou mesmo 60fps dependendo do conteúdo (60fps é mais usado para vídeos com muita informação).
Drop frame-rates timecodes
23.976fps, 29.97fps, 59.94fps
A comparação acima mostra o drop-frame timecode (esquerda) com o non drop-frame timecode (direita). Se você reparar no 29.97fps notará que ele “pula” dois frames quando alcança a marca de um minuto.
No advento da Tv colorida, o novo sinal causava interferência com as televisões preto e branco existentes. Conhecido como Color Subcarrier, o sinal fornecia níveis de tonalidade e saturação que eram visíveis em Tv’s p&b em forma de estática. Desacelerando o frame rate para 29,97fps eliminou a estática e se tornou o padrão da indústria para esse tipo de formato. Assim nascia o Drop-frame e com isso os 30fps foram chamados de Non drop-frame.
Para compensar essa desigualdade entre os frame rate o Drop-frame deveria “pular” os quadros 00 e 01 a cada minuto, com excessão nos múltiplos de dez. Há também as variações de 24fps e 60fps.
Pessoalmente, gosto de trabalhar a 30fps com motion design. Acho que os movimentos ficam mais fluídos. Contudo, existe uma vertente que repudia isso e prefere os 24fps com seu leve flirk. Cada um na sua, mas é sempre importante conhecer os diversos tipos por aí.
Fonte: The Beat
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